
Pernambuco
tem 80 cidades entre as piores gestões do Brasil, entre elas, Toritama
no Agreste do Estado. Os municípios brasileiros entraram o ano eleitoral
com as contas no vermelho, a maioria (87%) fechou 2015 com as contas em
situação ruim ou crítica, o pior cenário dos últimos dez anos,
resultado principalmente de má gestão.
Pernambuco,
por exemplo, possui uma relação de 40 gestores municipais muito ruins,
para cada um bom prefeito. São 80 cidades entre as 500 piores do Brasil e
apenas duas entre as 500 melhores gestões no tratamento de contas
públicas do ano passado. Ipojuca foi à cidade que melhor fez o dever de
casa em um ano bastante adverso para a economia. Cupira apresentou os
piores indicadores do estado. No geral, quase 90% das prefeituras de
Pernambuco dependem de repasses federais ou estaduais e não fizeram
qualquer esforço para aumentar as receitas próprias.
Os
dados são do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF), que utiliza números
apresentados pelos próprios municípios ao Tesouro Nacional para medir
os indicadores de Receita Própria, Gastos com Pessoal, Investimentos,
Liquidez e Custo da Dívida. William Figueiredo, economista da equipe
técnica da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e
responsável pelo estudo, destaca que Pernambuco reúne mais cidades à
espera de transferências.
“Os municípios com maior fatia têm grande parte das receitas
comprometidas com folha de pagamento de servidores, suas dívidas com
fornecedores são maiores que o caixa existente para honrá-las e o
resultado é que não sobra nada para investimentos, outro indicador que
avalia diretamente a eficiência do gestor à frente do município. A
mensagem é: elejam bons gestores, principalmente os que respeitem a
lei”.
Segundo
ele, 740 municípios brasileiros ultrapassaram o limite da Lei de
Responsabilidade Fiscal para gasto com pessoal, que é de 60% da receita
corrente líquida.
“São 94 cidades pernambucanas (52,5%) registrando gastos acima do teto
em 2015, configurando um clara situação de ilegalidade. Vale ressaltar
que apesar de ter ficado em segundo lugar no estado, o Recife piorou
consideravelmente nesse indicador. Se fez cortes de servidores, não o
fez de forma suficiente. Isso foi determinante para a cidade ter a maior
queda do índice geral do estudo”.
A secretária de Finanças de Ipojuca, Fabiana Silveira, deu a receita da liderança no ranking no estado.
“O planejamento do ano passado foi colocado em prática desde o começo
do período. Cortamos cargos de salários mais altos para reduzir o gasto
com pessoal, mantendo abaixo do limite prudencial da Lei de
Responsabilidade Fiscal. Para se ter ideia, todos os cargos de
secretário-executivo foram cortados, exceto nas secretarias de saúde,
educação e infraestrutura”, explica.
“Em relação à receita própria, todos os tributos dependentes
exclusivamente da gestão tiveram aumento comparado a 2014, como IPTU
(+10%), ITBI (+60%), além de taxas de iluminação e de limpeza pública. A
única queda foi do ISS, por conta da desaceleração de Suape”, apontou.
A atuação do fisco tomou uma decisão acertada, que valeu a nota máxima no quesito Liquidez.
“A gente fez uma programação e como vimos o que teríamos de
arrecadação, não houve reajuste com fornecedores, optamos por não
renovar contratos que não tinham caráter de essencialidade e fechamos
com “restos a pagar” menor que em 2014 e 2013”, afirma Fabiana.
Enquanto
a Capital do Jeans (Toritama) é exemplo de má gestão, os municípios de
Vertentes e Taquaritinga do Norte estão entre as dez com melhores
performances de Pernambuco.
Índice Firjan - Pernambuco (Gestão Fiscal – 2015)
MELHORES PERFORMANCES NO TRATAMENTO DE CONTAS PÚBLICAS
1. Ipojuca
2. Recife
3. Cachoeirinha
4. Triunfo
5. Quixaba
6. Igarassu
7. Salgueiro
8. Olinda
9. Vertentes
10. Tupanatinga
PIORES PERFORMANCES NO TRATAMENTO DE CONTAS PÚBLICAS
170. Aliança
171. Palmeirina
172. Mirandiba
173. Chã de Alegria
174. Toritama
175. Camutanga
176. Maraial
177. Vicência
178. Quipapá
179 Cupira
Fonte Portal Timbauba Noticias
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